Uma pesquisa sobre uso de bioinsumos em lavouras de arroz, desenvolvida pelo Emater Goiás em parceria com a Embrapa Arroz e Feijão, está sendo conduzida na Estação Experimental de Porangatu, região Norte de Goiás. Os experimentos apontam que, com o uso de bioinsumos, a cultura tem maior tolerância aos efeitos do déficit hídrico, além de contribuir para uma produção mais sustentável e segura no estado de Goiás.

Segundo o pesquisador Enderson Ferreira (Embrapa Arroz e Feijão e membro do INCT-Microagro), Porangatu é um local propício para desenvolver pesquisa focada no estresse hídrico. De acordo com ele, durante a safra de inverno não chove e a temperatura favorece o desenvolvimento dos estudos, já que a cultura do arroz é sensível a temperaturas abaixo de 18 °C.

A pesquisa trabalha com três cultivares de arroz: Douradão, a mais antiga, tolerante ao estresse hídrico; a BRS Esmeralda, suscetível ao estresse hídrico; e a BRS A502, uma cultivar moderna, lançada há três anos e que atualmente é demandada para cultivo sob pivô central.

Enderson Ferreira explica que a pesquisa utiliza o MIX, um inoculante que promove o crescimento, desenvolvimento e produtividade da cultura do arroz. O MIX é um bioproduto composto por três diferentes bactérias. A primeira produz um hormônio chamado ácido indolacético (AIA), que aumenta o tamanho, volume e ramificação das raízes. “Faz com que a planta explore um volume maior de solo e aumente a absorção de água e nutrientes”, esclarece. A segunda bactéria atua na solubilização do fósforo, que está presente no solo, mas indisponível para a planta por estar presa na argila. A terceira bactéria ajuda a planta a tolerar a deficiência de água.

Mais informações sobre essa pesquisa podem ser acompanhadas na página do Emater Goiás: https://www.emater.go.gov.br/wp/emater-goias-e-embrapa-desenvolvem-pesquisa-sobre-uso-de-bioinsumos-no-cultivo-de-arroz-em-porangatu/

A coordenadora geral do INCT-MPCPAgro, Dra. Mariangela Hungria (Embrapa Soja) foi entrevistada pela jornalista Isadora Camargo do Globo Rural. Na entrevista, a pesquisadora aborda o cenário nacional, os aspectos legais da produção e controle de qualidade de inoculantes e pondera questões ligadas às biofábricas e produção on farm.

A entrevista pode ser conferida em https://globorural.globo.com/entrevista/noticia/2024/09/mariangela-hungria-faz-um-raio-x-da-evolucao-de-bioinsumos-no-brasil.ghtml?utm_source=Whatsapp&utm_medium=Social&utm_campaign=compartilhar.

O INCT-MPCPAgro, em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), está lançando este Edital visando à seleção para diversas modalidades de bolsas do CNPq. Os bolsistas atuarão junto aos pesquisadores do MAPA e do INCT. 

O Edital terá fluxo contínuo, pelo período de 24 meses. Cada bolsa será implementada pelo período de 12 meses, sendo possível a renovação por mais 12 meses. 

A princípio, as bolsas devem ser alocadas nos seguintes locais: AC, AM (2, sendo uma delas para apoio de coordenação), RR, AP, PA, TO, MA, MT, RO, DF (2, ambas para apoio de coordenação), MA, PI, CE, RN, PB, PE, AL, SE, BA (2, sendo uma delas para apoio de coordenação), MG, ES, PR (01 para apoio de coordenação). Os locais em cada estado são sempre nas capitais, exceto no PR, que será em Londrina e para uma das bolsas na BA, que será em Juazeiro ou Petrolina. 

As inscrições serão em sistema de fluxo contínuo, a partir de 01 de junho de 2024 

Confira o edital completo em: Edital de bolsas INCT-MPCPAgro 2024

O INCT de Microrganismos na Agricultura-MicroAgro (https://www.microagro.com.br/) e a Embrapa Soja (https://www.embrapa.br/soja) acabam de lançar o Manual de Análises de Bioinsumos para Uso Agrícola: Inoculantes. A publicação apresenta conteúdos e imagens didáticas, com 181 ilustrações, detalhando as metodologias para a avaliação de inoculantes microbianos e de outros bioinsumos. O Manual foi idealizado pela coordenadora do INCT MicroAgro Mariangela Hungria, pesquisadora da Embrapa Soja, e elaborado com Eduara Ferreira e Marco Antonio Nogueira, da mesma equipe.

A avaliação da viabilidade econômica da co-inoculação do feijão-comum com Rhizobium tropici e Azospirillum brasilense tem apontado uma redução do custo de produção entre 5 e 10%, quando comparado ao uso de fertilizante nitrogenado, além de uma taxa de retorno de 214%. Ou seja, para cada R$ 1,00 investido na co-inoculação do feijão-comum, há um retorno de R$ 2,14. Já com a adubação nitrogenada, para cada R$ 1,00 investido, há um retorno de R$ 1,77. Esses são os resultados apontados em artigo publicado na revista Pesquisa Agropecuária Brasileira pelos pesquisadores Enderson Petrônio de Brito Ferreira, Osmira Fátima da Silva e Alcido Elenor Wander da Embrapa Arroz e Feijão.
Apesar dessas vantagens, a co-inoculação é pouco usada entre os produtores de feijão-comum, demando que sejam desenvolvidas estratégias de comunicação e políticas públicas para que a tecnologia seja popularizada e adota pelo produtor.

O artigo está disponível em https://www.scielo.br/j/pab/a/6djYbF5ywDGXjWbKTH8zvKk/?lang=en#

O assunto também foi pauta em recente entrevista ao Canal Rural e pode ser conferida em https://www.youtube.com/watch?v=DI9AMx96fIo

A 36a edição do Show Rural Copavel, uma das maiores feiras de Agronegócio da América Latina, teve início na manhã desta Segunda-feira, no Parque Tecnológico em Cascavel-PR. Diversas atividades estão previstas até o dia 09 de fevereiro, com o propósito de difundir conhecimentos, tecnologias e oportunidades para toda a cadeia produtiva da Agricultura.

Hoje o evento conta com a palestra "Bioproduto com ação na FBN e promoção de crescimento de plantas", proferida pelo Dr. Jerri Zilli, pesquisador da Embrapa Agrobiologia. Amanhã, às 10h, o Dr. Admilton de Oliveira Junior da Universidade Estadual de Londrina (UEL) participa do lançamento do biofungicida FrontierControl, desenvolvido por meio de uma parceria do pesquisador com a empresa Simbiose. 

Outros pesquisadores do INCT-MPCPAgro também marcam presença no evento, como o Dr. Marco Antonio Nogueira da Embrapa Soja.

Maiores informações sobre a programação estão disponíveis em https://showrural.com.br/.

Comemora-se no dia 11 de fevereiro o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência. A data foi implementada em dezembro de 2015 durante Assembleia Geral das Nações Unidas pela UNESCO e pela ONU-Mulheres, em colaboração com instituições e parceiros da sociedade civil. Objetivou-se fomentar o papel de mulheres e meninas na ciência, dando maior acesso e participação igualitária. Segundo a UNESCO, “a igualdade de gênero é uma prioridade global, e o apoio a jovens meninas, sua formação e suas habilidades plenas para fazer com que suas ideias sejam ouvidas impulsionam o desenvolvimento e a paz”.

Em alusão à data, o canal GNT e produtora Grifa Filmes (@grifafilmes) criaram a série “Ciência, Substantivo Feminino”, que apresentará as contribuições fundamentais de mulheres brasileiras à ciência. O primeiro episódio (dia 04 de fevereiro às 23h) contará a história das pesquisadoras Johanna Döbereiner e Mariangela Hungria.

O ano de 2024 comemora o centenário do nascimento de Johanna Döbereiner, (1924-2000) que foi pioneira no estudo e uso de bactérias fixadoras de nitrogênio para diminuir o uso de fertilizantes nas culturas de leguminosas, como o feijão e a soja, e gramíneas. Entre suas discípulas está Mariangela Hungria, pesquisadora da Embrapa Soja (Londrina-PR) e uma das maiores cientistas da área na atualidade, que desenvolveu dezenas de tecnologias para levar as bactérias fixadoras de nitrogênio aos agricultores de todo o país, gerando economia para o produtor e sustentabilidade ambiental.

A temporada conta com cinco episódios, de 26 minutos cada, exibidos aos domingos, às 23h no canal GNT. O conteúdo também estará disponível no Globoplay.

O programa Globo Rural da Rede Globo completou 44 anos no ar no dia 06 de janeiro de 2024. E para comemorar a data, apresentaram um editorial sobre o futuro da agropecuária. Os pesquisadores Mariangela Hungria, Marco Antonio Nogueira e Ieda Carvalho Mendes, do INCT-MPCPAgro, participaram dessa edição evidenciando o impacto dos microrganismos para manutenção da saúde do solo e para uma agricultura com responsabilidade ambiental. 

A reportagem completa pode ser conferida aqui: https://globoplay.globo.com/v/12246403/

Os membros do INCT participaram ativamente da 75ª edição da Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que ocorreu na Universidade Federal do Paraná (Curitiba) entre os dias 23 a 29 de julho de 2023.

Newton nasceu em Recife (Pernambuco), formado engenheiro agrônomo em 1966 pela Universidade Federal Rural de Pernambuco, Mestre em Ciência do Solo em 1970 pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, e Doutorado em Agronomia - Solos e Nutrição de plantas em 1976 na USP/ESALQ.